Universidade Federal do Ceará
Grupo de Pesquisa em Política, Opinião Pública e Comunicação – GRUPPOCOM

O termo pode parecer estranho, mas o fenômeno é mais comum do que se gostaria: o controle de veículos de comunicação por figuras políticas.

A expressão ‘Coronelismo Eletrônico’ nasce e se populariza na imprensa da década de 1980, descrevendo a distribuição de concessões de rádio e TV a parlamentares durante a redemocratização do país. Na década de 1990 o termo foi incorporado também às pesquisas acadêmicas, porém apenas nos anos 2000 é que surgem as primeiras conceituações.

O estado da arte desenvolvido pela doutoranda e integrante do GRUPPOCOM Débora Silva Costa (@sitedadebora) , sob a orientação do Prof. Dr. Alexandre Barbalho, traça um panorama da discussão do conceito de ‘Coronelismo Eletrônico’ entre os anos de 2017 a 2020. O trabalho foi publicado no Dossiê Políticas de Comunicação para um Brasil Democrático (vol. 24, nº 2) da Revista Eptic.

Para a investigação, foram selecionados 28 trabalhos, entre artigos, TCCs, dissertações e teses. A análise considerou categorias como: qual a região do Brasil objeto do estudo, qual tipo de mídia analisada, quais métodos e técnicas empregados, de que formas o conceito é utilizado, e quais conceitos e teorias estão mais relacionados.

📊 O objetivo do estado da arte é sobretudo contribuir com investigações futuras sobre o tema, apontando lacunas a serem preenchidas nas pesquisas da área. Em tempos de fake news definindo o processo eleitoral, de mídias com pouca diversidade político-ideológica, e de políticos controlando veículos de comunicação, este artigo é uma leitura pertinente para compreender um pouco da origem de problemas que estão longe de ser novidade. Parabéns aos pesquisadores!

Confira no link: https://seer.ufs.br/index.php/eptic/article/view/15938/13094